THEATRO JOSÉ DE
ALENCAR.
Duas décadas mais tarde, singular
marco arquitetônico na vida cultural do país, o Theatro José
de Alencar abriu suas portas no centro da cidade. O privilégio da
estréia, em 1910, porém, não coube a nenhum texto
do autor, mas à peça O Dote, de Artur de Azevedo, a mesma
encenada na inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
no ano anterior. O gosto europeizado da elite cearense da época,
misturou o neoclássico ao art noveau na torneada estrutura de aço
e ferro fundido do teatro, que se estende até os gradis das frisas
e camarotes em inegável elegância. Tudo importado de duas
forjarias de Glasgow, na Escócia, como descreve, precisa, a técnica
de turismo Leda Araújo de Freitas.
Meiga ao falar, como é usual
entre seus conterrâneos, ela conta que originalmente o edifício
foi concebido para ser um "teatro - jardim". Por conta disso - e do agradabilíssimo
clima da cidade - sua platéia desfrutou da brisa local durante os
espetáculos até 1991, data de sua última restauração
pelo governo estadual. Então, o vidro separou o público da
vizinhança e o José de Alencar entrou na era do ar condicionado.
Contíguo, o jardim traz a assinatura de Burle Max e mescla jucás
e macaúbas típicas do Ceará aos nacionais e paus-brasil
- mas só foi plantado há 22 anos.
José de Alencar e Raquel de
Queiroz são os mais fortes representantes do Ceará no campo
literário da cultura nacional.
Outro centro histórico é
a Catedral Metropolitana em estilo neogótico com torres de 75 metros;
a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, que deu origem
ao nome da cidade; o Passeio Público, mais antiga praça da
capital e a Praça do Ferreira, que é o coração
da cidade.
A maior zona ecológica urbana
da América Latina, com 446 hectares, o Parque do Cocó, com
vegetação de manguezal, repleto de garças, socós
martins pescadores e outras aves, e programa imperdível para quem
quer apreciar a natureza.